Entendendo a greve...
Pensamentos, acontecimentos e a simples vontade de escrever - eis o que me levou a fazer esse blog... Sem limites para pensar... Buscando ilusões, novas ou antigas e lutando por elas!!!
Estomago, cabeça, dor... dor... dor... Ops... Ressaca denovo, e denovo, e denovo... Socorro!!! Não deu para deixar o assunto fora do blog... Minha próxima matéria para o Extra! é sobre o mal que me persegue - a ressaca! Como não quero adiantar o que possivelmente vou escrever no jornal, apesar de mais fundamentado, resolvi deixar trexos da crônica "Ressaca", de Luis Fernando Veríssimo.
"A ressaca era a prova de que a retribuição divina existe e que nenhum prazer ficará sem castigo. "
"Jurava que nunca mais ia beber, mas, antes dos trinta, "nunca mais" dura pouco. Ou então o próximo sábado custava tanto a chegar que parecia mesmo uma eternidade. Não sei o que a cuba-libre fez com meu organismo, mas até hoje quando vejo uma garrafa de rum os dedos do meu pé encolhem. Tentava-se de tudo para evitar a ressaca. Eu preferia um Alka-Seltzer e duas aspirinas antes de dormir. Mas no estado em que chegava nem sempre conseguia completar a operação. Às vezes dissolvia as aspirinas num copo de água, engolia o Alka-Seltzer e ia borbulhando para a cama, quando encontrava a cama. Mas os métodos variavam. (...)
Tomar um copo de água entre cada copo de bebida - O difícil era manter a regularidade. A certa altura, você começava a misturar a água com a bebida, e em proporções cada vez menores. Depois, passava a pedir um copo de outra bebida entre cada copo de bebida. (...)
Uma cerveja bem gelada na hora de acordar - Por alguma razão o método mais popular.
Canja - Acreditava-se que uma boa canja de galinha de madrugada resolveria qualquer problema. Era preciso especificar que a canja era para tomar. No entanto, muitos mergulhavam o rosto no prato e tinham de ser socorridos às pressas antes do afogamento. "
"Ressaca de martini doce: você ia se levantar da cama e escorria para o chão como óleo. Pior é que você chamava a sua mãe, ela entrava correndo no quarto, escorregava em você e deslocava a bacia. Ressaca de vinho. Pior era a sede. Você se arrastava até a cozinha, tentava alcançar a garrafa de água e puxava todo o conteúdo da geladeira em cima de você. Era descoberto na manhã seguinte imobilizado por hortigranjeiros e laticínios e mastigando um chuchu para alcançar a umidade. Era deserdado na hora. Ressaca de cachaça. Você acordava sem saber como, de pé num canto do quarto. Levava meia hora para chegar até a cama porque se esquecera como se caminhava: era pé ante pé ou mão ante mão? Quando conseguia se deitar, tinha a sensação que deixara as duas orelhas e uma clavícula no canto. Olhava para cima e via que aquela mancha com uma forma vagamente humana no teto finalmente se definira. Era o Peter Pan e estava piscando para você. Ressaca de licor de ovos. Um dos poucos casos em que a lei brasileira permite a eutanásia. Ressaca de conhaque. Você acordava lúcido. Tinha, de repente, resposta para todos os enigmas do universo. A chave de tudo estava no seu cérebro. Devia ser por isso que aqueles homenzinhos estavam tentando arrombar a sua caixa craniana. Você sabia que era alucinação, mas por via das dúvidas, quando ouvia falar em dinamite, saltava da cama ligeiro. "
Segundo ele, em sua crônica, hoje não existe mais ressaca, graças ao Engov... Concorda??? Eu não!!!!
TEATRO MÁGICO... Magia, loucura, emoção, entusiasmo, infância, lembrança, reflexão... Quantas palavras podem dizer o que foi aquela noite, o que foi aquela apresentação!!! A boca teimava em ficar aberta em determinados momentos, os olhos não conseguiam desgrudar do palco, as pernas movimentavam-se constantemente... Como explicar isso??? Quem foi pode me compreender, pois não acho que fui a única que saiu maravilhada, cheia de magia do SESC naquele dia... "Só enquanto eu respirar vou me lembrar... de você!!!"
Teatro e circo... Música e dança...
Não aguentei e tive que falar de minha ansiedade em chegar o dia do show do Rappa, em Franca... Afinal, ADORO ELES E SUAS MÚSICAS, e nunca fui ao show. Estou tentando de todas as formas possíveis conseguir uma entrevista com eles, imagina só??? Eu ia pirar!!! Já falei com jornais da cidade, revistas, assessoria de imprensa, organização... Mas tá muuuito complicado!!! Mas ainda não desisti... Adoro a banda, suas músicas e seu trabalho social também... Eles tem muita história pra contar e ensinar!!! Volto pra Franca para assistir a esse show tão esperado, aproveitarei para ver amigos que desde que vim para Bauru não encontrei, pois será imperdível!!!
A imprensa dá diversas informações sobre a seleção brasileira na copa, nos ajudando a deixar de lado os últimos acontecimentos e a esquecer a barbárie que ocorreu no estade de São Paulo. Mas, por enquanto, não é esse o assunto que me leva a escrever agora.
Seleção brasileira na Suíça, população local em festa, super receptiva, como é mostrado a todo momento na TV; parece até que, comparando com o Brasil recentemente, lá seria um ótimo lugar para se viver... Depende, se você gostar de gelo, pode até ser... Mas não digo gelo me referindo ao sentido real da palavra. Aquela receptividade só ocorre por ser com a seleção, outra pessoa seria tratada como um ser invisível. Essa afirmação nao é feita sem fundamentos, pois passei um dia lá, no ano 2000, e tenho certeza que nada mudou... Um país muuuuuuuuuito rico, onde vi carros que nem imagino encontrar aqui, lojas e prédios magníficos, cinematográficos; mas essa população "chique", nem olha para seu lado, ou o que esta à frente, não sorri, dar informação então... impossível! Me senti perdida em meio a um "mundo desconhecido e hostil"!!! Essa idéia não surge do nada, mas ocorre ao comparar o tratamento recebido por pessoas de outros países, que também são da Europa, pois, antes da escala na Suíça, passei 10 dias em Israel. Lá sim senti o valor de nosso país e o quanto somos aclamados nos outros. Digo outros porque não eram apenas israelenses e palestinos que gritavam: "Brasil", "Ronaldo", "samba", "carnaval", e muitas outras palavras que tão bem conhecemos (não que sejam palavras de exaltação, mas sim de reconhecimento, bem melhor que ser deixado de lado); esses dias encontravam-se lá jovens de diversas nacionalidades (Encontro Mundial da Juventude com o papa João Paulo II), e ao nos verem abraçados com a bandeira verde/amarela, sempre festejam conosco e querem ter o privilégio de tocá-la. Era muito bom, por alguns instantes, sentir-se brasileiro e ter orgulho disso. Mas, na Suíça, o único valor que o Brasil tem é o da real seleção, com seus jogadores que já são quase naturalizados como europeus (como informou a Folha de 24/05), não o de nossa bandeira nacional e de nosso povo, realmente brasileiro, que nao desiste nunca...